colchão

título: colchão
data de publicação: 20/05/2022
quadro: picolé de limão
hashtag: #colchao
personagens: edmilson e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta] 

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão, e hoje eu vou contar para vocês a história do Edmilson. — Ê, Edmilson… [risos] — Então vamos lá, vamos de história.

[trilha]

O Edmilson trabalhando ali num shopping — muito famoso — passava sempre numa rua que tinha várias lojas de colchão. — E a gente sabe que o colchão é um item caro, né? — E, conforme ele passava ali naquelas lojas, numa delas sempre tinha um vendedor ali do lado de fora e ele passava e olhava pra esse vendedor, esse vendedor às vezes olhava para ele e um dia esse vendedor deu um sorriso e tal e falou: “E aí, você não gostaria de ver um colchão?”. — Mas com uma cara, assim, [risos] mais animada, sabe? — E aí Edmilson falou: “Será? Será?”. E, bom, passou… No outro dia de novo, o cara chamando ele ara ver colchão, Edmilson falou: “Bom, vou dar uma olhada, não tô precisando de colchão, mas vou dar uma olhada”. 

E aí ele conheceu esse cara, começou a conversar e eles resolveram marcar um encontro. E o encontro foi muito legal, muito agradável, né? Saíram mais algumas vezes e tal, e esse cara sempre querendo que o Edmilson comprasse um colchão, né? Mas a gente está falando ali de uma loja que os colchões são três, [efeito sonoro de caixa registradora] quatro, cinco mil reais… Só que o Edmilson foi ficando meio apaixonadinho e aí um dia ele falou pra mãe dele assim: “Ô, mãe, quantos anos tem esse seu colchão aí?”, a mãe dele falou: “Nem sei”. [risos] — Porque, né? A gente sabe que precisa trocar colchão, mas é caro, né? Nem todo mundo consegue. — E aí ele falou: “Eu vou dar um colchão novo pra senhora”, e aí a mãe dele falou: “Menino, sério? Como assim? Colchão é caro”, ele falou: “Não, vou dar… Vou dar. Você vai ter um colchão novo”.

E aí dona Albertina ali, mãe, mãe de Edmilson, já ficou toda animada e falou: “Então eu vou comprar um conjunto novo pra minha cama”, [risos] — Uma roupa de cama, né? — E ela ficou muito feliz, muito animada… E aí com os problemas que ela já tinha nas costas, ela foi dizendo tudo que ela queria no colchão… [risos] — Edmilson foi suando frio, né? Falou: “Puta merda, [risos] agora animei minha mãe, vou ter que dar um colchão top, né?”. — E aí Edimilson foi lá na loja do cara, escolheu um colchão de molas ensacadas, colchão coisa fina, coisa muito fina… E era um colchão de casal, né? Então é um pouco mais caro ainda. E o cara falou pra ele: “Não, tudo bem… É esse aqui que você quer?”, esse aqui, vai, digamos que tava lá três mil reais, ele falou: “Eu vou ver um desconto de funcionário pra você e a gente tira esse colchão no meu nome e ele sai aí uns dois e quatrocentos”. — Pô, seiscentinho a menos? Quem não ia querer? —

Só que o detalhe é que não tinha nem um mês que ele conhecia esse cara, né? — Do colchão… — Pra você depositar dois pau e quatrocentos na conta do cara, né, Edmilson? [risos] Mas o Edmilson estava muito empolgado e ele falou que esse cara, durante essas duas, três semanas, chegou até falar assim: “Ah, a gente precisa escolher um colchão pra nossa casa”, tipo, já falando que queria morar com Edmilson, né? E Edmilson ele estava juntando dinheiro pra fazer uma viagem… — Uma viagem curta, tipo, de dez dias. — Mas ele queria, sei lá, ir pra Argentina, alguma coisa assim, sabe? E ele estava guardando dinheiro. E aí ele pegou esse dinheiro, juntou ali… Ele tinha uns dois mil e cem, juntou mais trezentos, que ele pediu um vale e depositou na conta desse cara. 

E aí esse cara… Porque, assim, todo dia eles se encontravam ali no caminho do trabalho do Edmilson. E aí esse cara falou pra ele que agora ele ia mudar de filial, então que eles iam se encontrar em outros lugares, né? E que o colchão demorava ali 30 dias pra entregar. Então, Dona Albertina já estava com a roupa de cama nova, [risos] esperando, já quis até mudar a cama de lugar no quarto, sabe? — Dar um up… E dona Albertina ficou tão empolgada, gente, que ela acabou pintando o próprio quarto… Ai, que bonitinha… Falou: “Ai, comprei uma latinha de tinta aqui, vou passar, vou deixar meu quartinho novo e tal pra receber o colchão”. — E ela estava muito feliz e animada, né? Porque o colchão dela tinha, sei lá, 30 anos. Edmilson continuou saindo com esse cara, só que conforme foi chegando a data de entrega do colchão, esse cara foi ficando estranho, estranho, estranho, até que esse cara sumiu e bloqueou o Edmilson. — Em tudo. —

Edmilson sabia que esse cara não tinha redes sociais. — Ô, Edmilson… [risos] A gente já sabe aqui, né? Quando não tem redes sociais, a gente já tem que ligar aquele alerta máximo. Mas, por outro lado, tem sim gente que não tem rede social, né? — Sabia a loja que ele trabalhava e só. Então, o que o Edmilson fez? Foi lá na loja… E aí o cara da loja falou: “Ah, então, ele não trabalha mais aqui… Esse último mês que ele passou aqui ele estava de aviso prévio”. Então, gente, quando ele começou a sair com o Edmilson, ele já estava de aviso, ele já sabia que ele ia sair… E aí o Edmilson falou: “Pronto, caí num golpe, o cara sumiu”. — E realmente o cara sumiu… — Lá na loja o Edmilson chegou a falar que tomou um golpe e tal, mas ninguém deu muita atenção pra ele. E como o cara, ele depositou na conta do cara, enfim… O Edmilson ficou arrasado e não quis ir atrás disso ali via loja, né?

E aí, gente, tinha a mãe dele… [música triste] A mãe dele em casa esperando esse colchão… — O que Edmilson fez? Ele já tinha tomado um golpe de dois pau e quatrocentos, assim, à vista, né? Que era o preço que o cara falou que dava pra fazer a vista ali com desconto de funcionário e tudo. Tudo mentira, obviamente. — Edmilson ficou apavorado e não queria mesmo magoar a mãe dele, né? Decepcionar a mãe dele. Correu nas Casas Pônei e parcelou um colchão. — Até melhor do que ele ia comprar lá na loja do cara. Em 24 meses… [risos] — E aí comprou o colchão e eles entregaram em uma semana, então meio que deu o prazo que já estava ali pra entregar o fake colchão. E dona Albertina ficou no céu, gente, ele falou que ele nunca tinha visto a mãe dele tão feliz e que ainda assim valeu a pena, né? [risos] Porque ele se ele não tivesse conhecido esse golpista, ele não ia pensar em dar um colchão pra mãe dele e ele nunca se ligou nisso de colchão, de trocar colchão e tal.

E aí quando eles tiraram o colchão da dona Albertina para pôr o novo que ele viu as condições do colchão da mãe dele, assim… Ele ficou se sentindo super mal. Tipo, “como que eu nunca parei pra pensar nisso? Como minha mãe estava dormindo, uma qualidade de vida péssima, sabe?”. E aí deu certo pelo menos essa parte, né? Casas Pônei sempre entrega direitinho. E até hoje dona Albertina não sabe do golpe, não sabe desse cenário todo por trás, porque ele achou que a mãe dele fosse ficar mal, né? Ficar se sentindo culpada e tal e ele queria que ela aproveitasse o colchão ao máximo. Então, até hoje ela comenta com as amigas [risos] “ah, meu filho me deu um colchão que meu Deus do céu”, toda felizinha e dormindo melhor, qualidade de sono aí muito melhor.

[trilha]

Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é a Leticia de Belo Horizonte. Edmilson, espero que um dia eu posso evoluir espiritualmente pra ser tão otimista e desapegada quanto você. Que eu não consigo imaginar tomar um golpe de dois mil reais, meu Deus… Mas eu fiquei feliz com a história fofinha no meio dessa história de sacanagem, que você ter dado uma coisa boa pra sua mamãe. É sempre bom a gente poder cuidar da pessoa que cuidou da gente. Espero que agora você tenha ficado mais esperto e seja menos ingênuo nesses rolês da vida. [risos] Infelizmente às vezes a gente tem que azeitar e entubar, né? Essas sacanagens que rolam com a gente. Um beijo, boa sorte pra você.

Assinante 2: Oi, Déia, oi, pessoal do Não Inviabilize, aqui é a Jamile de São Paulo. Edmilson… [risos] Eu fiquei com pena de você pelo golpe, mas eu não consigo ficar triste, porque sua mãe ganhou um colchão que ela queria tanto. E só da Déia contar do quão animada ela ficou, eu já fiquei super feliz por ela. Então, eu acho que aí você tem que começar a repensar na confiança que você dá nas pessoas, porque um mês era muito pouco pra você já confiar assim, de enviar um dinheiro tão alto pra alguém. Mas eu só consigo ficar muito feliz pela sua mãe, espero que o colchão seja maravilhoso e que ela continue usando ele por muitos anos. Beijo.

[trilha]

Déia Freitas: Essa é a história do nosso amigo Edimilson, comentem lá no nosso grupo do Telegram… Se você ainda não está no nosso grupo, é só jogar na busca “Não Inviabilize” que o grupo aparece. Então é isso, gente, um beijo e eu volto em breve.

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]

A história COLCHAO, do quadro PICOLÉ DE LIMÃO, já está disponível no mural do apoia.se/naoinviabilize e em nosso aplicativo!

Eu devo estar sensível demais pra chorar com picolé de limão :pleading_face: Edmilson um grande abraço pra vc e Dona Albertina :heart:
Sua história é o exemplo da frase “há males que vem pro bem” e sim ver a mãe feliz vale sempre a pena Colchao

colchao picolé de limão pra Edmilson, amor nas redes pra dona Albertina :heart_eyes:

Que bom que a dona Albertinha está feliz com o colchao novo, mas o Edmilson deveria ter ficado com a luz de alerta ligada na relação ao cara, pois ele deu vários sinais.

Colchao ai gente eu estou chorando com a história porque apesar de tudo o final foi tão lindo.
Eu teria ido na polícia pra falar do golpe, fora isso acho que o único erro do Edmilson foi não ter visto todos os sinais de alerta que o cara deu, mas quando a gente está apaixonado a gente cai numa dessas mesmo.
Todo amor do mundo pro Edmilson é pra dona Albertina.

colchao o Edmilson sinto muito pelo golpe, mas fico feliz porque você é um ótimo filho e espero que a partir de agora você e dona Albertina só recebam coisas boas, e que o outro lá se lasque hahahah

colchao com esse nome a gente fica até com medo de ouvir a história por causa de outra história … KKKKKK

colchao eeeee Edmilson! Na hora do “deposita na minha conta” eu vi o golpe. Eu sinto muito, mesmo! O lado bom é que d. Albertina tá toda feliz

colchao que bom que o edmilson comprou o colchão pra dona albertina! já estava quase chorando aqui quando a deia falou que ela tinha até pintado o quarto

colchao Edmilson, eu só consigo ficar feliz pela sua mãe! Kk espero que você repense melhor antes de confiar assim em alguém

colchao aí Edmilson não se pode confiar tanto assim nas pessoas, depositar na conta do cara , ainda bem que mesmo depois do golpe vc deu um colchão pra sua mãe, e que cara de pau enganar uma pessoa assim como o cara fez

colchao
Edmilson ainda bem que vc deu essa alegria a sua mãe!!! Ela ficaria muito decepcionada se soubesse do golpe! Com certeza ela se sentiu muito querida e amada por vc!!!

colchao pelo menos você é um bom filho! que bom que pelo menos sua mãe ficou feliz na história

colchao A felicidade da nossa mãezinha não tem preço né Edimilson?! Fiquei muito feliz pelo desfecho. Vc fez sua mãe feliz e não vai mais cair em um golpe assim. Abraços!

colchao Estou apaixonadaaaa por dona Albertina! Achei tão linda ela toda empolgada, q nem fiquei com raiva do “vendedor” kkkkkk

colchao êêêh edmilsooooon. Fico chocada com a facilidade com que os ouvintes caem em golpes, ou eu sou muito desconfiada ou vocês confiam demais

colchao amei essa historia

colchao poxa, Edmilson kkkk eu adoro quando a Deia fala “êêê fulano” kkkk que situação

colchao esse foi o golpe com final mais fofo da história :heart_eyes: